Chineses vão construir porto gigante no Paraná

Os chineses não ficaram satisfeitos em comprar apenas o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). No ano passado, pagaram 1 bilhão de dólares para ficarem donos de 90% do porto privado criado no governo Lerner e concedido ao empresário Salomão Soifer (dono também do Mueller, do Patio Batel e outros shoppings) e a outros. Passa pelo TCP atualmente a maior parte das exportações parananenses de automóveis e outras cargas de alto valor agregado.

Para os chineses da gigante CMPORT, uma das maiores operadoras mundiais de terminais de contêineres, deve ter sido um negócio pequeno. Tanto que, poucos meses após a aquisição do TCP, já estão negociando a compra de uma outra área na baía de Paranaguá para construir um outro terminal.

Trata-se da área do Imbocuí, com 5 milhões de metros quadros e altamente propícia às atividades portuárias de grande porte.

Desde que, no governo Dilma, se abriu à iniciativa a possibilidade de investimentos privados na exploração portuária e após a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) concluir o zoneamento e liberar locais que poderiam ser de interesse de empreendedores, a área do Imbocuí foi adquirida pelo consórcio Triunfo Participações e Investimentos e LOGZ Logística Brasil.

A pretensão era a construir o Terminal de Logística Integrada do Paraná (Terlip), que vinha sendo estudado desde 2013 – um investimento, porém, que ficou muito acima da capacidade econômico-financeira do grupo.

Os chineses, montados na grana que não lhes falta, viram aí uma oportunidade para expandir seus negócios no Paraná e encontraram intermediários dispostos a facilitar a compra do Imbocuí, construir o Terlip e muito mais. Ficará novamente a cargo do CADE e ANTAQ analisar o nível de concentração de serviços portuários por somente um grupo econômico.

contraponto.jor.br